BÁTEGA OMINOSA
A bátega cinzenta e fria
com sua melodia ferina
escoa o tempo da tarde
que ignorante assoma
para súbita sombra
que pela chuva invade.
A noite rápida estala
no meu peito em asfixia
que aguarda a hora adiada
pela qual sangrou o dia.
O âmago deste prelúdio
é uma feroz batalha
da última gota d’água
que mergulha e cessa
todo o tempo útil
e só deixa a pressa
de uma conversa
que contei cada segundo.
Diego Duarte dos Santos