Isinha
No instante em que seus olhos viram a luz pela primeira vez, percebi que minha existência se transformava em uma sinfonia de emoções inexploradas. Do útero que te abrigou, emergiu a essência mais significativa de toda a minha jornada, uma preciosidade chamada Isadora.
Caminhando por corredores de sentimentos recém-descobertos, notei que, junto com sua chegada, eu renascia. Era um pai que se apresentava, pronto a moldar seu destino ao redor do amor incondicional que se manifestava em meu peito. Uma promessa silenciosa de proteger, guiar e amar intensamente.
Ao longo dos dias que se seguiram, tropecei nas armadilhas da imperfeição, errando enquanto tentava acertar. Nessa busca desajeitada pela perfeição, reconheço meus equívocos, e com humildade, estendo minhas mãos na forma de um pedido de perdão.
Isadora, minha filha amada, nestas linhas desenhadas com sinceridade, entrego-te as palavras que meu coração sussurra. Meu amor por ti transcende as falhas que pontilham nossa trajetória. Aceita, do fundo da minha alma, o pedido sincero de perdão, pois te amo incondicionalmente.
Assim, entre a delicadeza das palavras e a força do sentimento, construímos a história que nos une, uma prosa poética com setenta versos, entrelaçando o passado, o presente e a promessa de um futuro onde o amor perdura como elo indissolúvel entre pai e filha.
Diego Schmidt Concado