Mãe entre ciprestes

Mãe que vives entre ciprestes e ventos

intacta como o silêncio ...

Mãe-terra, na terra serena,

adornada de mim,

feita de noites e Sóis

beijada pela Lua!

Mãe das pálpebras caídas

que não arde nem fala ...

Mãe do azul que nos legou

sob um mar de ventanias,

agreste e verde,

com vontade de ficar!

Mãe pura sobre os sonhos

com passos de andorinhas

cansadas de voar ...

Mãe! Intacta e casta como a água

que cai de todos os silêncios

sob as lousas frias, brancas,

que se fecham em saudades ...

Ó minha mãe ... minha Mãe ...