O Ébrio e o Amor
Há singular paralelo
Entre a ressaca de um porre
E o amor mal curado
E que não se cura com um gole
Na ressaca a cabeça doi
No amor doi o peito
Para a ressaca há remédio
Para o amor não tem jeito
O amor não avisa quando vem
A ressaca tampouco
Para a ressaca basta o tempo
Para o amor, somente outro
A ressaca vem após o prazer
O amor nem sempre prazer nos dá
A bebida é capaz de entreter
O amor é capaz de matar.