Amor de Pai
Os lábios silenciam a fúria Santa que me invade...
Entorpecidos,
enlouquecidos,
esquecidos na própria reminiscência,
cambaleiam,
desmerecem qualquer memória
e se entregam,
e se devoram,
irmãos meus,
filhos de nossa terra,
gente de nosso chão.
E não há quem os valha nessa odisséia de
desacatos e aromas etílicos aquém da sociedade,
além da meritocracia maculada pelo soldo.
Irmãos:
Se o vosso troféu está em mãos de quem
se atreveu ao roubo por amor aos prêmios,
se a vossa lógica se apoia em fundamentos de
areia, que apenas adorna ampulhetas de ilusão,
por que tamanha tolice em depositar total
confiança em quem, desconfiado por natureza
caída, somente perpetua a evidência do fracasso?
Tempo de ajoelhar-se!
Os lábios balbuciam a verdade que me salva:
Apenas Ele,
Cristo Jesus,
que a mim me amou e me resgatou
das minhas cadeias...
Apenas Ele faz sentido.
Amor de Pai