Pontas soltas

Um dia o amor detonou a solidão.

Em meio aos olhares, partiu, seguindo um caminho sem volta.

Queria provar que era capaz de não sentir remorso.

Entre ruas e becos, o amor viveu escindido.

Temía por sua integridade e já não sabia como agir após ter machucado a solidão.

Resolveu retroceder, percebeu que havia perdido tempo, coisas, lugares...

Observando que bão haveria como mudar aos aspectos deixados, o amor decidiu voltar do retrocesso.

Notou também que o tempo não parou, a solidão já não estava ali, e que o que fizesse, não modificaria a nada.

Tentou, gritou, chorou...

Um dia o amor, encontrou a solidão. Encontrou em outra ocasião.

Ao se aproximar, com os olhos marejados, pediu a atenção e solicitou desculpas.

Recebendo como resposta a seguinte frase:

O tempo, não cura, não volta, não apaga...

Chanceler crivo

Chanceler crivo
Enviado por Chanceler crivo em 07/12/2023
Código do texto: T7948834
Classificação de conteúdo: seguro