Pontas soltas
Um dia o amor detonou a solidão.
Em meio aos olhares, partiu, seguindo um caminho sem volta.
Queria provar que era capaz de não sentir remorso.
Entre ruas e becos, o amor viveu escindido.
Temía por sua integridade e já não sabia como agir após ter machucado a solidão.
Resolveu retroceder, percebeu que havia perdido tempo, coisas, lugares...
Observando que bão haveria como mudar aos aspectos deixados, o amor decidiu voltar do retrocesso.
Notou também que o tempo não parou, a solidão já não estava ali, e que o que fizesse, não modificaria a nada.
Tentou, gritou, chorou...
Um dia o amor, encontrou a solidão. Encontrou em outra ocasião.
Ao se aproximar, com os olhos marejados, pediu a atenção e solicitou desculpas.
Recebendo como resposta a seguinte frase:
O tempo, não cura, não volta, não apaga...
Chanceler crivo