Agora Sou Ponto
E nesta ânsia sigo observando a chuva,
As palavras que do meu livro saltam aos meus olhos
Como as gotas de chuva na janela.
Sentindo-me cansada
De ser vírgula,
De emoldurar fronteiras
Em isolados silêncios
Pelo menos uma vez
Quero ser ponto.
Semelhante a outros pontos
Não mais identidades de ruído distante.
Mas concreta e decidida em harmonia consoante
De encontrados consentimentos.
O café quente reforça,
Que é tempo, bastam de vírgulas,
Agora sou ponto!