sopro
no centro do vento que rodeia
lobos famintos uivam na escuridão
solitário homem carrega o tempo
vem de onde relógio não conta
toda história apagada nas pegadas
cada passo pedaços de mais nada
poeira de sentimentos em redemoinhos
espiral perdido nas trevas da madrugada
na invenção dos versos sem lua
poesia de ilusões dançantes
baila com as sombras dos mortos
já que até aqui perdido se ver livre.
eremita das desventuras caminha...
pergaminhos deixados de propósito
desavisados se veem na leitura
na solidão da vida nua se veste.
jamaveira