Jano - André Espínola

Jano,

Tu que és o empregado,

Trabalhador mal pago

Do tempo,

Que deixas os portões

Sempre abertos

Do teu templo,

Os que outrora ficaram fechados

Duas vezes apenas

Em momentos

De paz.

Momentos esses

Que os do século

XXI não têm mais.

Jano,

Tu que organizas os anos

Em números ilógicos

E sequenciais

Ouves o que roga

Esse pagão mal posicionado

No mundo:

Fechas as portas

Do que passou

E as chaves

Jogas fora!

E abras uma nova

Que por ela entre

O meu amor.

Autores do Nossarte
Enviado por Autores do Nossarte em 28/12/2007
Reeditado em 28/12/2007
Código do texto: T794780