Horas entrelaçam

No fluir do tempo, onde as horas entrelaçam

A dor, como um rio, se esgueira e desaparece,

Deixando na margem da vida cicatrizes, marcas,

Mas a ausência se transforma em saudade, doce e terna prece.

No álbum do passado, uma fotografia antiga,

Cena congelada, lembrança que persiste,

Rostos que o tempo levou, mas a memória abriga,

E a saudade desperta, suave, como brisa triste.

Abre-se um baú de recordações, tesouros guardados,

Cada objeto, uma viagem no tempo, uma narrativa,

Histórias entrelaçadas, em sentimentos delicados,

Onde a saudade dança, sutil, na penumbra criativa.

Uma história relembrada é um fio que conecta,

Passado e presente, como um elo de saudade,

Cenas vividas, emoções que o coração respeita,

Num eterno retorno à doce melodia da intimidade.

E surge, de repente, um cheiro no ar,

Aromas do passado, trazendo à pele a lembrança,

É como se a presença ausente viesse visitar,

A saudade, agora, uma doce e eterna dança.

Assim, no palco do viver, a saudade se apresenta,

Como um poema escrito pelas mãos do tempo,

Um eco suave, uma canção que acalenta,

No coração, a memória é o eterno instrumento.

No entanto, mesmo na saudade, há beleza,

Poética manifestação do amor que não se desfaz,

Pois na dança da vida, cada lembrança, a certeza,

De que a ausência é só uma pausa, não o final da paz.

Diego Schmidt Concado

Diego S Concado
Enviado por Diego S Concado em 04/12/2023
Código do texto: T7946700
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.