O amor
Admiro mesmo sem conhecer; observando pelas palavras, por uma forma íntegra de agir e uma maneira especial com que tratam as pessoas que nem ao menos conhece.
Em gestos sutis, desenha-se a poesia do afeto, uma melodia que transcende o tangível.
Cada olhar, uma estrofe; cada sorriso, uma rima, revelando a beleza oculta nas entrelinhas da existência.
É um amor que floresce na delicadeza do desconhecido, nas entreveredas do entendimento mútuo.
Apreciar a essência antes da presença, uma dança de almas que se entrelaçam sem tocar.
Assim, a poesia do amor à primeira vista se tece, como um bordado de sentimentos que desabrocha no jardim do coração.
Um encontro de almas que se reconhecem antes mesmo de trocarem palavras, como se o universo conspirasse a favor desse enlace invisível.
Nesses versos, celebro a magia de amar além das aparências, onde a conexão vai além do visível, transcende o palpável.
Pois, nas diversas formas de amar, o amor à primeira vista é a semente que germina na fertilidade do entendimento puro e despretensioso.
Diego Schmidt Concado