SIMPLESMENTE AMOR

 

 

Contigo o verso foi sempre simples
Nunca complexo
Direto,
de uma beleza infinita.
... A poesia sempre foi flor,
mesmo quando não houve rima,
foi só sexo,
sem amor.

Todas as vezes que estive contigo,
fiz do teu abraço meu abrigo,
do teu beijo o acalento,
que nunca encontrei no vento,
dessa vida, dura lida,
que o mundo me regalou.

Não houve rimas
Nem citações de versos
Uma crônica de sol
Ou sonetos decassílabos...
... Foi o toque,
A intimidade,
A entrega
O desejo
A vontade
E o gozo...
... Nada, além disso,
( e isso foi muito)
Não,
Foi tudo!

Foi oceano de carícias
No toque de pêssego
Em beijos sem floreios, ou metáforas
Esta tua boca de sonhos
Úmida como um dia de verão
Ousada e quente
Invasora, pertinente.

Contigo, como nunca,
Fui livre...
... Sem falsos juramentos
Só o prazer do momento.

Entregamo-nos
E ponto final
Nenhuma reticência
Nem uma vírgula
Nem mesmo um adeus.
A completude do poema
Quando a palavra foi encontrada
Escrita, bendita, selada

... E como uma despedida
Um último olhar.
Seguem-se as estações
Com elas, a própria vida.