O Abajur

O Abajur queda-se na sombra pálida

Excelsa morada dos insetos humanos

Cujas figuras esfregam-se no tapete

Quase sem cor da sala abandonada.

As lembranças de velhas amigas

Altivez das tendas , suas praias areais

A noite a paz dos corpos desnudos

Madrugadas intensas e banais.

Sobre a mesa do Abajur um pedaço

De pão velho, um copo embaçado

Cheiro de perfume barato , mormaço

De sal invadindo o tempo ensolarado.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 02/12/2023
Reeditado em 03/12/2023
Código do texto: T7945396
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