O Voo do Poeta
Quando eu disfarço minhas palavras de poesia,
Toda a influência do amor se abre aos meus olhos.
Parecem cartas escritas com água do mar
Para uma sereia que navega entre as ondas do meu sentimento.
Vou escrever para te dizer que a solidão não é deste mundo;
Mas daquele que não pode voar.
Deixa para trás o que nunca o fará sorrir
E que o impede de ir contra o vento,
Teme noites e coisas que não pertencem a ele.
Se acovarda diante dos possíveis revezes,
Contrário a qualquer definição razoável,
Reivindicando o direito de uma luz
isso não o ilumina,
E cai na vida cotidiana
Sem paraquedas.
Nada pode salvá-lo da certeza implacável
Da sua própria essência.
Eu, por outro lado, tenho você,
E me dou conta que posso voar.