O Perfume...
Entre um gole e outro de ar,
encasqueto-me
nas impertinências interiores.
O dia ignora meu rumo,
solícito e assaltado de perfumes.
Detalhes que, hoje, não consigo
ou não quero perceber.
Habitam-me intranquilidades
e já não posso ver os paralelos,
aveludados de caminhos,
adjacentes aos meus.
E por que não posso conceber
ou apregoar meus fracassos?
Não sou deusa,
nem super-heroína de minhas trilhas.
Humana, sofro altos e baixos,
vitórias e fracassos.
É a dialética da vida
e nela procuro me equilibrar,
concedendo-me migalhas de troféus
por cada avançar do caminho.
Um passo de cada vez
e o andar transborda
a existência e o sonho...