Versos tecidos
Em versos tecidos com sombras de idealismo,
Canta-se amor, mas oculta-se a melancolia.
Na lira da vida, a utopia desfia,
E o poeta em silêncio, seu mundo minimalista exprimo.
Sonhos pintam paletas de quiméricas cores,
Envolvendo corações em véus de poesia.
Mas a realidade, em sua fria assepsia,
Desnuda a farsa, desafia os amores.
Na dança do tempo, o ideal se desvanece,
E a utopia, como névoa, se desfaz.
Entre esperanças, o poeta refaz
Seus versos, buscando um amor que não perece.
Assim, no idealismo,
A dualidade do amor se revela.
Entre a quimera e a realidade que desvela,
O poeta persiste, num lamento cíclico, em seu abismo.
Diego Schmidt Concado