Isa Lua
Em uma lividez como a luz da lua
Teu rosto se revela, ó minha amada minha vida és tua
Beleza mórbida, tão singular
Entre sombras, és a mais desejada a me instigar
Teus lábios, tão pálidos como o mármore que me desvanece
Guardam segredos que só a noite conhece
Teu olhar, profundo e enigmático, você me conhece
Reflete a melancolia que em ti floresce
Na pele tão branca, como neve virginal
Desenha-se a poesia da morte imortal
Teu ser, um mistério a ser desvendado
Nas entrelinhas da vida e do destino traçado
Teus cabelos, a perdição eterna
Dançam ao vento, sombras de uma paixão interna
E no contraste entre escuridão e palidez
Encontro a beleza que faz meu coração se entregar de vez
Sua pele clara, minha amada, bela e mórbida tentação
Teu encanto é um convite à contemplação
Em teu rosto pálido, vejo a poesia da morte e salvação
E nesse paradoxo, encontro minha redenção
Que a morte seja suave em tua presença
Que a beleza mórbida seja nossa sentença
Pois no amor que transcende vida e morte
Encontro a eternidade nesse laço forte