Diálogo entre diário e passageiro
Me parecia que eu não voltaria para você
Mas a memória me torna refém da história
Essa nota, esse acorde nessas cordas
Essa música, essa luz branca cheia igual a estação de trem da luz
Interrogando meu coração, ele acha que minhas perguntas são retóricas
Sem vontade de cantar nossa canção
Lá lá lá... melodia
No meu aniversário não quero ganhar o presente, muito menos ter o passado
Só me resta o futuro, o escuro?
Dois de copas, a carta corta minha garganta
Papel se dobra se sucumbindo, pois não foi entregue a seu destinatário
Eu proprietário da catastrófica poesia guardada
Quebrada , quebra-cabeça, quebra-regra, quebra Itaquera
Princípio, precipício, príncipe, patriarca
Parque da água branca
Pico do Jaraguá
Situação de vida linha vermelha
Minha vida tá lá, uma extrema zona, extrema zona leste
Quantos pontos finais são necessários para você me deixar em paz?
Meu bem não me quer bem?
Porque devo cantar canções que já não se ouvem mais?
Sereia severa, certeza que cê me leva
Eu não me salvo dessa selva
Cores, azul, flores do sul
Ingrime trilha, vendada
Verdades são ditas mesmo feias
Numa sexta-feira dia 21
Esse ponto final é provavelmente apenas mais um.