Assassinato - Jessiely Soares
*
A porta bate
ecoa pela sala
o fim de um ciclo,
numa madrugada.
Respinga sangue
da exposta válvula cardíaca
manchando teto, parede nua
sem graça, sem quadros, vazia.
E o tempo,
visceralmente encolhido,
observa a cena
de lirismo incompreensível.
Assassina!
Ela deixa surgir
entre os dentes
um sorriso maquiavélico
orgulhosa
de seu feito.
Sussurros se fazem ouvir
de um suspiro desvairado.
Foi legítima defesa,
foi legítima... defesa
Matou quem estava
matando seu caso.
Esfaqueou
premeditadamente
e com requintes de crueldade
a incerteza.
O ciúme
ainda não...
mas num canto da sala
ele sangrava
calado.
(Jessiely)
*
A porta bate
ecoa pela sala
o fim de um ciclo,
numa madrugada.
Respinga sangue
da exposta válvula cardíaca
manchando teto, parede nua
sem graça, sem quadros, vazia.
E o tempo,
visceralmente encolhido,
observa a cena
de lirismo incompreensível.
Assassina!
Ela deixa surgir
entre os dentes
um sorriso maquiavélico
orgulhosa
de seu feito.
Sussurros se fazem ouvir
de um suspiro desvairado.
Foi legítima defesa,
foi legítima... defesa
Matou quem estava
matando seu caso.
Esfaqueou
premeditadamente
e com requintes de crueldade
a incerteza.
O ciúme
ainda não...
mas num canto da sala
ele sangrava
calado.
(Jessiely)