Dança sutil
Numa dança sutil, o amor se tece,
Entre erros e acertos, floresce.
Não exige perfeição, mas entrega,
Sua magia suave, que na alma se anega.
Nas entrelinhas do coração, desenha,
Um poema etéreo, que o tempo não enseja.
Palavras não são precisas, apenas gestos,
Que traduzem o afeto em doces manifestos.
Na imperfeição reside sua beleza,
Como um quadro em que a alma se enleza.
O amor é a melodia que acalanta,
Não busca perfeição, mas se encanta.
Feito brisa suave, ele acaricia,
Sem pressa, sem medida, apenas carícia.
Não há medidas para o que é genuíno,
Apenas a entrega, o calor do destino.
Entre altos e baixos, ele persiste,
Caminha sem receios, se insiste.
O amor é arte, em pinceladas reais,
Na tela da vida, traçando seus ideais.
Que seja prosa poética, em versos sinceros,
O amor, sublime em seus desvelos.
Não perfeito, mas completo em cada pedaço,
É a doce melodia que embala o abraço.
Diego Schmidt Concado