Névoa do passado

Na névoa do passado, tua presença ecoa,

Em suspiros do tempo, a saudade se entrelaça.

Perfume imaginário, suave e persistente,

Como um eco etéreo, na mente, presente.

A voz que se desvanece, sussurra em meu ouvido,

Em ecos silenciosos, num eterno gemido.

Mas a realidade, cruel em seu matiz,

Nega o reencontro, deixando-me a raiz.

Na dança das memórias, tu danças com sombras,

Num palco de lembranças, onde a dor se sobrepõe.

Ainda sinto a tua mão, como brisa suave,

Mas o vazio prevalece, como um triste enclave.

No espetáculo do tempo, o enigma persiste,

Entre sonho e realidade, a alma resiste.

E mesmo que te imagine, tão perto e tangível,

A verdade crua, é que és só invisível.

Diego Schmidt Concado

Diego Schmidt Concado
Enviado por Diego Schmidt Concado em 21/11/2023
Código do texto: T7936794
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