Névoa do passado
Na névoa do passado, tua presença ecoa,
Em suspiros do tempo, a saudade se entrelaça.
Perfume imaginário, suave e persistente,
Como um eco etéreo, na mente, presente.
A voz que se desvanece, sussurra em meu ouvido,
Em ecos silenciosos, num eterno gemido.
Mas a realidade, cruel em seu matiz,
Nega o reencontro, deixando-me a raiz.
Na dança das memórias, tu danças com sombras,
Num palco de lembranças, onde a dor se sobrepõe.
Ainda sinto a tua mão, como brisa suave,
Mas o vazio prevalece, como um triste enclave.
No espetáculo do tempo, o enigma persiste,
Entre sonho e realidade, a alma resiste.
E mesmo que te imagine, tão perto e tangível,
A verdade crua, é que és só invisível.
Diego Schmidt Concado