INCOMPARÁVEL
Às vezes, franqueza soa como cafajestagem. Numa sociedade acostumada à hipocrisia, falar abertamente pode ser o risco que se corre ante os rótulos levianos do falso moralismo.
Por isso, a poesia pede passagem, e espera traduzir toda a alegria de um homem de muitas moradas emocionais e uma só residência amorosa!
É mais ou menos assim...
Difícil tarefa vou me permitir;
No poder de um poema, me declarar;
Dentre todas que tenho, vou me repartir;
É minha forma sincera, de lhes homenagear!
Todo homem é um ser de duas dimensões;
Seu interior e por fora, são dois universos;
Por isso dedico, todas as minhas menções;
A quem eternizo, através desses versos!
Se penso ou contemplo em meus próprios pés;
Se as pernas até, eu queira dedicar;
Lembro Regina, e aquele seu beijo dez;
E adoro em Fernanda o seu abraçar!
Se então eu resolvo, subir ao meu peito;
Se o pescoço a alguém, eu queira doar;
O primeiro é de Sônia, que o acaricia com tanto jeito;
E o segundo de Carla, que o adora tocar!
Se então os meus olhos, eu der sem esforço;
Se meus lábios resolva, enfim entregar;
Me lembro de Márcia..Meu Deus..e que corpo!!
Também de Cristina e seu mel no beijar!
Se até meus cabelos, alguém for querer;
E se meus ouvidos eu for partilhar;
Relembro Diana e seu inflamado poder;
Também de Adriana, o que nem posso falar!
Eu posso citar Andreia e Antonia, também rememoro Luiza e Paula;
Quase todas morenas, mulheres que lembram as fadas;
Também Juliana, irmã de Karina e prima de Laura;
Outro ponto em comum? Só posso dizer que são todas casadas!
Solteiras são poucas, bem jovens e até as mais vividas;
Quem dera pudesse me dar aos pedaços, e a todas então pertencer;
De algumas esqueço, mas outras me são muito queridas;
Só não mais que uma, que em meu coração, está a viver!
E esta não dou pedaços de mim, e nem me dedico em poucas porções;
Bem mais que as outras, mais linda que todas, ela é tudo que sou;
Se as outras que tive, merecem aplausos, e minhas recordações;
Essa pra mim é eterna, porque é meu único e inesquecível amor!!