Quem será o homem mias rico do cemitério
No cemitério, onde a vida se finda,
Descansam os sonhos e a luta incessante.
Lá repousam os corpos, sem vida e sem brilho,
Mas há um mistério que ainda ecoa adiante.
Quem será o homem mais rico do cemitério?
Aquele que deixou herança em ouro e prata?
Ou será o que acumulou títulos e diplomas,
Mas nunca soube valorizar o tempo que a vida lhe dava?
Será aquele que acumulou fortunas,
Mas esqueceu-se de cuidar dos que amava?
Ou será o que deixou um legado de amor,
Semeando bondade em cada estrada que pisava?
O homem mais rico do cemitério é aquele
Que soube valorizar os momentos vividos.
Não se deixou levar pelo ter, pelo possuir,
Mas sim pelo ser, pelo amor compartilhado.
É aquele que abriu mão de ganhar o mundo,
Para ganhar sorrisos, abraços e afeto.
Que soube ser humilde diante da grandeza,
E encontrou riqueza na simplicidade do seu trajeto.
O homem mais rico do cemitério é aquele
Que viveu com intensidade e verdade.
Que deixou marcas de bondade e compaixão,
E que brilha eternamente na memória de cada idade.
Portanto, não busquemos riquezas efêmeras,
Que se desvanecem como pó ao vento.
Busquemos a riqueza que transcende a morte,
A riqueza de uma vida vivida com sentimento.
Que sejamos lembrados não pelo que possuímos,
Mas pelo amor que espalhamos em nosso caminhar.
Pois o homem mais rico do cemitério é aquele
Que soube viver, amar e deixar seu legado no ar.