Pastos Abertos

A partir do momento que eu te disse

“eu te amo” pela primeira vez

Não pude deixar de notar o quão

Desconfortável, ansiosa e hipervigilante

Você ficou

Você procurou pela existência de arames e

Fio metálicos, sempre sobre a sua pele quando

Ouvia essas mesmas palavras

De quaisquer pessoas

Queira que você soubesse

Que essas palavras, sob o filtro

Da minha voz não tem arames, nem amarras

Muito menos prisões

São palavras que te deixam

em pastos abertos, livre para

Falar, sentir e fazer o que bem entender

Pois é mais valioso para mim

Ver sua alegria livre, mesmo com

O risco de te ver ir embora

Do que a agonia ao ser presa

E mantida sempre perto

Da minha presença

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 16/11/2023
Código do texto: T7932895
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.