ANGÚSTIA (*)

O olhar pára no infinito,

Perde-se no vazio.

Junto ao pensamento, saudade,

O sentir de uma constante dor.

Amarga a boca, com anseios mil,

Seca, a saliva desaparece,

A falta de ar prevê a morte,

Que em busca da alma desfalece.

Vê-se no inferno e, em devaneios,

Desesperos, gestos e gritos sem som,

O acordar, molhado de suor,

Na alcova vazia, fria e sem amor.

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(*) O autor é Professor de Literatura, Língua Portuguesa e Redação.

E-mail: edsong@uai.com.br