No compasso da saudade
No compasso da saudade, o peito aperta,
Memórias entrelaçadas, dor que desperta.
Dias em que o passado ecoa forte,
Nostalgia profunda, lembrança da sorte.
Caminhos que se cruzaram, hoje distantes,
A melodia do tempo, notas errantes.
A dor se aninha, feito sombra densa,
No labirinto do ontem, ausência imensa.
Oh, como desejaria voltar atrás,
Reescrever o roteiro, desfazer sinais.
Mas o tempo é inexorável, não espera,
Leva consigo o que era, não se acanha.
No peito, a saudade dança sua dança,
Lembranças se entrelaçam, a esperança.
A vida, feito rio, segue seu fluxo,
E o que se foi, no coração, é nexo.
Diego Schmidt Concado