Gracias a la vida, que me ha dado tanto.

Todo santo dia e mesmo em dia santo até cá

Deparo-me com uma vitória. E a louvo, ora!

Aliás, reparando bem, a cada minuto da hora.

Penso, ainda, a cada diminuta parte de minuto.

Todas!

Previsões, imponderáveis, aflições,

Funestas notas.

É que não fui, nem deixei de ser e ainda sou.

E em meio ao mais perfeito e catastrófico equilíbrio.

Oh! Pai e mãe, glória! Deram a mim o sopro só meu!

O caminho em que prossigo, muitas vezes até acompanhado,

Outras vezes, muitas também: sozinho vou!

Sem o quisesse eu, mesmo minhas amadas nem.

Lamento, nos dias de hoje, já sem sofrimento, os fins.

E todo até aqui findo, quem o quisesse assistiu.

Só posso dizer, grato. Vim vencendo cada segundo,

Cada átimo um novo mundo. Recordo assim, meu bem,

Doce amada, flor rara de ímpar beleza, de ti também.

Do teu amor já dependo eu tanto quanto a nefanda

Pendula de’u deixar de a debelar como a refreei.

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O título é emprestado da canção de Violeta Parra