Saudade...
Não sei do lirismo dos lírios
Ou dos roseirais das rosas
Das primas veras na primavera
Da minha canção abandonada
Na velha gaveta mofada
Das lágrimas emparedadas
No meu peito gentil
Não sei do redemoinho de vento
Que brinca feito menino zombando
Das folhas mortas amareladas
Do doce de marmelada ,lembrança
De menino guloso, do queijo grosso
Das noites claras que cobria a varanda
Sei deste velho coração, que ainda tem canção
Poemas velhos guardados,empoeirados
Apaixonados,para acalentar muitas dores.