CAI A NOITE:
Cai à noite:
Cai à noite
O sereno sobre a relva.
Faz-se presente, faz frio.
Eu estava ali, como sempre.
Na esperança, de vê-la passar.
Tocos de cigarros
Espalhavam-se pelo chão.
Numa prova viva de agonia.
Eram os nervos, que me traiam.
Nervosismo que não deixou ver.
Que ela, já estava a meu lado.
Só percebi quando ela falou.
Perguntando-me, se eu estava bem.
Sem saber o que dizer, respondi sim.
Envergonhado por ela me surpreender.
Mas tive a coragem,
Que jamais tivera antes.
Confessei meu amor,
Disse-lhe tudo, o que sentia.
Ela sorriu, me chamando de bobo.
Em meus braços, se enroscou.
Nada mais me deixou dizer
Meus lábios com um longo beijo, calou!