Feridas estão abertas
Obviamente, minhas feridas estão abertas para você ver, como cicatrizes marcadas na pele da minha existência. Não são segredos, são capítulos de uma história que insiste em ser contada. Cada marca, um testemunho do tempo que passou, das batalhas que enfrentei.
Não as leve tão a sério, pois, mesmo na exposição crua da vulnerabilidade, há uma força silenciosa que tece a trama da minha resiliência. Sou um livro aberto, páginas manchadas pela tinta das lágrimas, mas também iluminadas pelos raios de um sol que insiste em nascer a cada amanhecer.
Neste espetáculo da vida, as feridas são atos passageiros, dramáticos em seu momento, mas não definidores do enredo completo. São pinturas em um quadro complexo, onde as sombras realçam a beleza das cores mais vivas.
Às vezes, as feridas são como janelas abertas para a alma, permitindo que a luz da compreensão e do amor penetre nos recantos mais profundos. Sou um mosaico de experiências, e cada ferida é uma peça que compõe a obra inacabada da minha jornada.
Eu ficarei bem, pois a cura reside na aceitação e no poder de transformar a dor em aprendizado. Mesmo quando as feridas parecem gritar, elas também sussurram sobre a coragem que é preciso para enfrentar o desconhecido e emergir do outro lado, fortalecido.
Assim, deixo minhas feridas à vista, como folhas soltas ao vento, mas não como lamentos eternos. Elas são capítulos que se encerram, dando espaço para novos começos, para o florescer de uma alma resiliente e em constante renovação. Neste palco da vida, minhas feridas são apenas intervalos, e o espetáculo continua, repleto de possibilidades e luz.
Diego Schmidt Concado