Própria existência
Procuro suportar todos os dias o peso da minha própria existência, uma jornada constante de autodescoberta. Como um artesão habilidoso, escavo as profundezas da minha alma, desprendendo cada camada de ego e máscara que usei para enfrentar o mundo. Nesse processo de desnudar-me perante mim mesmo, deixo cair, como folhas secas ao vento, tudo que é velho e morto.
Sinto as emoções antigas se desvanecendo, como as cores do pôr do sol que dão lugar à noite. Deixo partir os medos que outrora me paralisavam, como pássaros em busca de céus mais amplos. Liberto-me das amarras do passado, como um navio que desata seus nós e parte em direção ao horizonte desconhecido.
Cada dia é uma oportunidade de renovação, uma chance de me reinventar e abraçar a verdadeira essência que pulsa dentro de mim. Às vezes, é uma batalha árdua enfrentar a escuridão do desconhecido, mas encontro força na aceitação do que sou e no amor que nutro por minha própria jornada.
Nesse processo de autotransformação, descubro que a vida é como uma tela em branco, esperando pelas pinceladas do meu ser autêntico. Deixo a tinta das minhas experiências e aprendizados criar um quadro colorido, onde cada traço é um reflexo da minha verdade interior. No silêncio da minha própria alma, encontro uma melodia única, uma canção que só eu posso entoar.
Assim, continuo a jornada, suportando a complexidade da minha própria personalidade, aceitando minhas imperfeições e celebrando minhas vitórias. Cada dia é uma oportunidade de desapegar-me do passado e abraçar o presente com um coração aberto, pronto para receber as bênçãos do desconhecido e os desafios do amanhã. E, ao despencar dentro de mim o que é velho e morto, dou espaço para que floresça o novo, o vivo, o verdadeiro eu que anseia por se manifestar plenamente no mundo.
Diego Schmidt Concado