Porta

 

Provei de suas dores,

da cor azeda

de teus ramos tortos.

Vi seus espinhos

invisíveis.

 

Coisa

que Ninguém vê,

ninguém sente,

ninguém sabe.

 

Entrei pela Porta

que bate duas vezes,

uma para entrar,

outra para sair...

 

Ninguém entra,

ninguém sai...

e ninguém vê...

 

só, ninguém fica...

 

a vida, ninguém entrega

ao Senhor das Portas...

 

e fica a alegria,

o sorriso iluminado,

a felicidade e o amor...