Morrendo de saudades
Ainda brotam botões de rosas no canteiro que fizeste.
Pegaste tua bagagem e te foste.
Ainda zunem as abelhas recolhendo seu alimento nas tardes ensolaradas.
Bateste a porta… sem dizer adeus.
Ainda passa o pipoqueiro, vendendo pipocas e algodão-doce colorido na nossa rua (‘nossa rua’… estranho escrever isso… porque agora ela já não é mais tua… é só minha).
Fiquei na janela até ver sumir lá longe o nosso carro e você nele (‘nosso carro’… estranho dizer isso… ele já não é mais meu… é só teu).
Encontraste serenidade?
Encontraste a paz que tanto procuravas?
Dizias que calma, serenidade e paz só longe de mim tinhas certeza de que estavam.
Se sim... aproveita tudo que já viveu, conhece e sabe... e aplica...
Eu?
Ah... eu aqui continuo a mesma – te amando - e morrendo cada dia um pouquinho mais de saudades.