DESABAFO
Responda-me o porque que dói tanto,
Nos dias tristes sem verão
Ouço meu soluço angustiante,
Fecho os sentidos por já estarem delirantes.
Pois em tudo que eu vejo,
Sinto oprimido meu peito
Tua essência, cheiro, perfume.
És, só um fantasma a atormentar.
Choro, mas vezes calada.
Cubro mina face com as mãos
Pra não sentir o teu olhar
Ainda a mim enfeitiçar.
Desequilibra tanto o pensar,
Mais cedo ou tarde hei de ti encontrar
Quem sabe em qualquer lugar...
Vais então observar, a minha inquietação.
Sinto teu beijo em minha face
Quão fria... – que maldade,
Esperança imaculada
Esquecer-te-ei por não existir mais nada.
Ora direis aos quatro mundos,
Dessa tortura que enlouquece em segundos
O amor que sinto por ti
Retirai do meu peito, está angustia.
Deixai que eu viva sem limites
Porque a felicidade não existe
O amor não existe
Só existe você...