Relógio
No tic-tac monótono do relógio que não descansa,
Os dias deslizam em passos regulares e frios,
Mas para o homem, cada amanhecer se lança,
Em jornadas únicas, em sentimentos vazios.
Cada nascer do sol traz consigo esperança e dor,
Emocionantes enredos se desdobram a cada alvorada,
As alegrias dançam com tristezas no mesmo corredor,
Em um ciclo eterno de emoções, numa jornada renovada.
Para o relógio, os dias se repetem em harmonia,
Sem variar em sua constância metódica e exata,
Mas para o homem, cada dia é uma sinfonia,
De sonhos, desafios, alegrias e tristezas, em cada ato.
Assim, no palco efêmero da existência humana,
Cada dia é uma página em branco a ser preenchida,
Com experiências que moldam a alma, de maneira insana,
E nos mostram que a vida é uma jornada colorida e infinita.
Diego Schmidt Concado