Plissado de Cores

 

Quando a timidez invade o peito,

os caminhos se invertem.

O que antes vinha pra cá,

agora vai pra lá.

Adiando o inevitável.

 

Como se fosse mais fácil pensar

a aparente serenidade

que brilha num olhar.

 

É que a timidez invade o peito...

Por isso, sigo construindo torres

num céu azul de sentimento.

Me faltam asas para voar

no outro ritmado do tempo.

 

Observo os degraus à minha frente.

Por eles caminho meus pensamentos.

Pois levam a um deságue de cores.

É pra lá que eu vou...

mergulhar nas cores do arco-íris

que descansa no plissado

de um telhado de barro.

 

Assim, assim... como um doce poema

que adentra a alma sedenta de luz...

 

Poema e foto: