Engenheira Química

Ela surgiu na esmaltacao.

Tanta coisas para aprender e olhar.

Porém minha mirada teve devolução.

O amor nasceu ali dentro de milésimos de segundos.

Arrebatador forte sentimentos profundos.

Pretinha, magra vestida de branco.

Meu coração não batia. Dava solavancos.

A timidez me consumia.

Declarar o amor era só no bom dia.

Era uma veneração dos dois lados.

Nenhum tinha coragem de se declarar ao ser amado.

Nada era mais importante para nós.

Do que um ao outro.

No amor era veroz.

A timidez era um monstro a me consumir.

Dia, noite e de madrugada tinha que álcool ingerir.

Para esperar sua chegada arrebatadora.

E esperar seu bom dia.

Para responder com ardora.

Nos amamos a distância mesmo estando próximos.

Havia muita inveja dos colegas nossos.

Foi por mim que você chorou quando doente eu estive.

O amor por você que contribui para esse deslize.

Eu cai na besteira de uma namorada arrumar.

Não demorou para você por vingança a outro se entregar.

Desfiz minha besteira fugaz.

Imediatamente você terminou com o tal rapaz.

Você se mudou antes para outro local.

Quando veio buscar suas coisas sorriu direto nos meus olhos.

A timidez me fazia um tremendo boçal.

Se tivesse coragem dava tempo de dizer te amo com refolhos.

O amor nunca declarado.

Teve vida sim.

Foi, intenso, verdadeiro e abençoado.

Esse sentimento fez bem enfim.

Apesar de te amar.

Não sei o que se passava pela sua cabeça e vida.

Você deve ter sofrido um mar.

Até engordou de uma doença que nosso amor deixou-a ferida.

O amor verdadeiro aconteceu num ambiente hostil.

Mas o belo a tudo resistiu.

A timidez. Maldita timidez! não nos permitiu esse amor declar.

Todavia nossos corações viviam um ao outro implorar.