Chuva de lágrimas
Sob o manto da noite, na quietude da madrugada, eu encontrava refúgio. Lá, as estrelas eram minhas confidentes, testemunhando minhas alegrias e tristezas. Quando menino, eu chorava por qualquer coisa, as lágrimas eram como uma chuva, lavando minha alma e alimentando minha sensibilidade.
A chuva de lágrimas se misturava com a chuva que caía do céu, e eu me sentia em sintonia com a natureza, como se o universo compartilhasse meus sentimentos. As palavras surgiam em minha mente como gotas de chuva, e eu as capturava, escrevendo poemas e histórias que expressavam minhas emoções mais profundas.
Cada lágrima derramada era uma letra, cada suspiro, uma palavra. A madrugada era meu santuário, o momento em que eu podia ser verdadeiramente eu mesmo, sem máscaras ou pretensões. As estrelas eram meus guias, iluminando o caminho da minha jornada emocional.
E assim, entre lágrimas e estrelas, eu descobri a beleza da vulnerabilidade, aprendi a abraçar minhas emoções e transformá-las em arte. A madrugada se tornou meu estúdio, onde eu pintava com palavras os quadros da minha alma, explorando os cantos mais profundos do meu ser. Cada noite era uma nova aventura, uma nova história a ser contada, um novo poema a ser escrito sob o céu estrelado da minha infância.
Diego Schmidt Concado