Verso branco
Vi muitos céus
Sempre na janela
Do amanhecer
Vi passar o tempo
Nada mudar
A escuridão dos meus olhos me aprisionam
Sinto vibrações no mar
A imersão do corpo
No vácuo espaço deste lar
Onde ocupo meu universo
Tão profundo, tão raso quanto
Meu branco verso.
Meu fluxo da consciência
Expande o ar na mente escura
Brancura insolente a minha,
Incoerência convexa nos ângulos ,
Das estradas caminhadas , nos passos
Molhados do deserto, da cama fria.