A dança das estrelas candentes
Voo como um vento pela tela translúcida.
Toco teu corpo, envolvo-te num abraço,
me enrolo em ti como o fio - o elo - que nos uniu...
apertando você de encontro a mim...
para não te perder, para te misturar em minha carne,
no meu corpo, as peles se fundirem amalgamadas -
como o aço que se derrete e se funde a si mesmo,
formando um mar escaldante e vermelho de paixão.
Eu vou até você como um vento longínquo,
que chega soprando festas e felicidades
e trazendo pétalas de amor em suas ondas.
Te envolvo em meu abraço apaixonante
e danço contigo a música do imperador...
Na beleza do verso que se desenha no ar
nos fundimos em um poema de amor...
E tua boca escreve a paixão
nas linhas do meu corpo...
teus olhos pintam as entrelinhas
com tua meiguice branda
e o sentimento das carícias das brisas,
do sussurrar das folhas em meus ouvidos...
o acender de candeeiros de luz em nossos corpos
para a nossa noite de estrelas candentes...
Nosso céu é nosso lar, nossa casa,
nossa casa é nosso espaço...
nosso espaço é nosso tempo e o universo
de nossa alma e coração...
que - em eternidade - são um só.