Além.

Caminhei sobre o que deixei de fazer

Não perdi nada, as vezes perdi você,

Deixei Para lá, acolá bem além do existir

Lá se foram as pontes, fontes, pessoas

Na soma do resultado.

Deixei de segurar o lá ,o dom de rimar,

O sol, o silêncio de gritar em mim

Dei adeus para quem nunca partiu

Estava ao meu lado cantando enfim

Quem sabe, pode ser, não sei, não viu?

Na solidão um violino

Desafinado, madeira talhada corporal,

Meus poemas molhados na seca temporal

Pura futilidade neste espaço imortal.

Vou seguindo por aí quem sabe na frente

Te encontro por igual.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 25/10/2023
Reeditado em 30/10/2023
Código do texto: T7916751
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