Além.
Caminhei sobre o que deixei de fazer
Não perdi nada, as vezes perdi você,
Deixei Para lá, acolá bem além do existir
Lá se foram as pontes, fontes, pessoas
Na soma do resultado.
Deixei de segurar o lá ,o dom de rimar,
O sol, o silêncio de gritar em mim
Dei adeus para quem nunca partiu
Estava ao meu lado cantando enfim
Quem sabe, pode ser, não sei, não viu?
Na solidão um violino
Desafinado, madeira talhada corporal,
Meus poemas molhados na seca temporal
Pura futilidade neste espaço imortal.
Vou seguindo por aí quem sabe na frente
Te encontro por igual.