Sábio pescador! Parte dois
Na alvorada serena, ao meu lugar sagrado parto,
Onde o mar e os pescadores traçam o meu caminho.
Senhor Ademir, um sábio nos seus anos vividos,
Conta-me histórias de vida, em versos compartilhados.
Setenta e três anos moldaram seu rosto,
Mas seu espírito é jovem, como o mar em seu repouso.
Três casamentos, três capítulos distintos,
Ainda busca amor, nos versos dos ventos soltos.
"Vive para amar!", ele diz com olhos brilhantes,
"Não perca a paixão, não se afogue em temores constantes."
Lembre-se, jovem amigo, ele me adverte com calma,
"Amar é a arte, é a essência, é a mais bela palma."
Nas palavras do sábio, vejo um reflexo do meu ser,
Nas ondas do mar, nas histórias que fazem viver.
Ele insiste: "Lute pelo amor, não deixe escapar,
Escreva uma poesia, deixe o coração falar."
Escuto o conselho do ancião, ecoando no horizonte,
Um lembrete de que o amor é um laço, é uma fonte.
Na jornada do coração, talvez eu encontre a trilha,
Onde a poesia floresce e o amor sutil brilha.
Diego Schmidt Concado