LÁBIOS CELTAS

Talvez eu procure salvação,

Em alguma parte de ti!

Para destruir esta acesa solidão,

Que mortalha o meu corpo e,

Tudo o que me faz sentir…

Teus olhos adorando-me,

Como uma sacra arte existencial,

Enquanto eu tento não cair no esquecimento,

De viver querendo-te somente aqui.

É um modo esquisito de ludibriar-me,

Voltando a tona aquilo que é-me necessitavél:

O pecado de não resistir-te, e nisso, ver que,

Toda a sua fotografia, é um segundo que perco-me,

Em teu sorriso expressando inteiramente,

A minha vontade de não desistir.

De repente uma luz é um vislumbre a me encontrar,

Nas manhãs em que aspiro pelos teus lábios celtas,

Que daria-me a lógica para a tal iluminação,

De escrever-te uma missiva por tradição,

Vindo a selá-la com a cera das velas vermelhas,

E o carimbo de toda a verdade,

Com que marcastes este meu coração.

Ao nascer do sol,

Fugiria-me inesperadamente contigo!

Somente para vir a dizer ao teu espírito,

Que ainda ele pode ver através de mim,

As influências dos astros em nós,

E o tanto que venho, desesperadamente,

A mentir banalmente sobre ter,

Que lembrar-me de respirar você.

Poema n.2.996/ n.65 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 24/10/2023
Código do texto: T7916174
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