NAS ASAS DO AMOR
Eu já andei por aí, procurando motivos,
entretido por histórias que derramavam impotência.
Fui personagem nesses antagonismos,
superei meus próprios cinismos
recondicionando o sonhar.
Mas, chega o dia em que o homem cansa.
Precisa de um leito, de um abraço sincero.
As andanças findam os questionamentos.
As frustrações, os arrependimentos,
nada mesmo pode continuar.
Então, deponho em favor das nuvens,
imaculadas personificações da poesia,
carícias suaves que sopram de minha alma o amargor,
como se minha amada estivesse ao meu lado,
num voo sereno, rumo ao nosso amor.