No ônibus
No ônibus, a juventude fala sem pudor,
Palavras rudes, desrespeito a cada corredor.
Segunda-feira chega ao seu fim, cansado estou,
Refletindo sobre vidas, histórias que encontrei no ardor.
Exausto, no banho, deixo o dia se escoar,
Janto, um cigarro, o mundo lá fora a girar.
Então, lápis e papel, meu refúgio me chama,
Na poesia, meu ser se acalma, minha alma se inflama.
Entre rimas cruzadas, encontro a paz no papel,
Cada estrofe, um suspiro, cada palavra, um laço fiel.
Na dança das sílabas, a vida ganha sentido,
No mundo dos versos, encontro o meu abrigo querido.
Assim, nesta jornada, na noite que se encerra,
No universo da poesia, minha alma se embriaga e se aterra.
No silêncio das palavras, meu ser se encontra e se completa,
Neste soneto, a essência da vida, a beleza concreta.