Amor antigo
No teatro da memória, a cena se desdobra,
Amor antigo, doce sonho, que hoje me assombra.
Em tempos idos, nós éramos dois rios a correr,
Entrelaçados, juntos, como a lua e o amanhecer.
Mas o tempo é um mestre que nos ensina a sofrer,
E deixei escapar o amor que fazia meu coração florescer.
Arrependimento agora se aloja em minha alma,
Como a chuva que cai, sem controle, sobre a palma.
As lembranças daqueles dias me perseguem,
Saudades de toques e risadas que não se esvaecem.
Oh, amor antigo, como lamento te deixar partir,
Agora só me resta a solidão e o arrependimento a ferir.
Em sonhos noturnos, busco tua sombra, em vão,
Pois o passado se foi, e só restou a solidão.
O amor antigo, como um eco do passado,
Lembranças dolorosas, como um fado.
Arrependimento me envolve, como névoa no ar,
Por deixar o amor antigo escapar, sem pensar.
Mas no teatro da vida, cenas novas ainda virão,
Espero encontrar um novo amor, que em meu coração ficará, então.