AQUELA RUA

Aquela rua ainda invade o meu peito,

Dá saudade! E uma saudade de um jeito…

Ah! Como era linda aquela rua!

Depois da volta da escola,

Meninas a brincar de roda, meninos a jogar bola.

Iam eles e elas até sob o clarão da lua.

Aquela rua era um pedacinho do céu,

As meninas brincavam de "Passar anel",

Todas elas bonitas. Mas, ela? Ah! Era linda.

Às vezes, era queimada. Noutras o jogo de taco.

A saudade é um dos meus pontos fracos,

O tempo passou, mas vejo aquela rua ainda.

Aquela rua, que quase nem passava carro,

Tinha até uma casinha de barro,

Como seu fogãozinho a lenha;

A dona da casinha parecia brava,

E a criançada não "perdoava".

Mas, de boa alma…Que Deus a tenha!

Ao lado do "Barrancão" com sua íngreme descida

E o "Arvrão", uma gigante árvore florida,

Que nos fazia lembrar que era primavera;

Aquela rua tão simples, mas d'encantos bastante,

Que nos fazia ver, a todo instante,

Que nem todo sonho era quimera.

Aquela rua ainda hoje têm vida,

Ainda vejo aquela juventude querida

Brincando de mexer meu coração por completo;

Aquela rua, hoje não mais a mesma rua,

No meu coração continua

Sendo o meu recordar predileto.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 22/10/2023
Código do texto: T7914431
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