AQUELA RUA
Aquela rua ainda invade o meu peito,
Dá saudade! E uma saudade de um jeito…
Ah! Como era linda aquela rua!
Depois da volta da escola,
Meninas a brincar de roda, meninos a jogar bola.
Iam eles e elas até sob o clarão da lua.
Aquela rua era um pedacinho do céu,
As meninas brincavam de "Passar anel",
Todas elas bonitas. Mas, ela? Ah! Era linda.
Às vezes, era queimada. Noutras o jogo de taco.
A saudade é um dos meus pontos fracos,
O tempo passou, mas vejo aquela rua ainda.
Aquela rua, que quase nem passava carro,
Tinha até uma casinha de barro,
Como seu fogãozinho a lenha;
A dona da casinha parecia brava,
E a criançada não "perdoava".
Mas, de boa alma…Que Deus a tenha!
Ao lado do "Barrancão" com sua íngreme descida
E o "Arvrão", uma gigante árvore florida,
Que nos fazia lembrar que era primavera;
Aquela rua tão simples, mas d'encantos bastante,
Que nos fazia ver, a todo instante,
Que nem todo sonho era quimera.
Aquela rua ainda hoje têm vida,
Ainda vejo aquela juventude querida
Brincando de mexer meu coração por completo;
Aquela rua, hoje não mais a mesma rua,
No meu coração continua
Sendo o meu recordar predileto.