QUE ME CHAMEM DE LOUCO (Dia do Poeta)

Quanto a mim,

quero sempre a lúcida loucura da poesia.

E se, como louco, eu for internado um dia,

quero paredes brancas,

e uns pedaços de carvão, toda semana,

para que nas paredes eu possa escrever,

todos os dias, poemas e poemas.

Quero essa doce loucura como companhia,

Além de loucos leitores, que eventualmente,

como a olhar para o nada,

fitarão os traços negros deixados pelo carvão,

naquelas paredes brancas, repletas de poemas.

Ah! Eu sei! Ser-me-á entregue um balde d'água, e uma vassoura, toda as Segunda-Feiras,

para que eu lave as paredes sujas de poemas.

E, isso me fará feliz! Pois,lá estarão as paredes, novamente branquinhas para os meus poemas,

em mais uma semana de poesia.

E, todo 20 de Outubro,

Vou querer que liberem o "João Bate Palma",

sem a sua camisa de força,

Para que ele possa aplaudir, exaustivamente,

O Dia do Poeta.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 21/10/2023
Código do texto: T7913658
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