SILÊNCIO DAS ALMAS

Preciso tanto de um “verso”,

Que deliberadamente não fuja do meu coração,

E que compreenda como realmente sou,

Mesmo não vendo-me de maneira inteira.

Que nada seja tão metafórico,

Apesar de que é isso a razão,

De ser tão oculto, quanto intenso,

Quando lapido todas as minhas palavras,

Em meio ao caos, que normalmente me encontro.

E se eu quero que ainda tenha tempo,

Nesses desvirtuamentos do interior,

Que se mete em seus próprios desenganos,

Como um rio vai buscar o mar?

Sim, e talvez não!

Pois, quando proibimos a nós mesmos,

De pensar em alguém, antes do amanhecer,

É a partida de um coração a se submeter,

Ao silêncio das almas, surgindo para corromper.

E tornar-se impuro, requer uma purificação,

A fim de retornar a face de uma verdade,

Mostrando-se na culpa e na indefinição,

A aflição que não deixa seus precedentes.

Entretanto, quando deito, o sono me levanta,

Ficando claro que é entre a fúria e o desplante,

Que ao cair, quero que seja em teus braços,

Por ser conclamado por essa voz que,

Indevidamente me perturba, e enlouquece-me,

A deleitar-me do que tens para trazer-me,

Onde amar-te, é a coalescência de nossa incorreção.

Poema n.2.994/ n.63 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 19/10/2023
Código do texto: T7912461
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