Sonhos Selvagens
Meu Deus, como posso ser tão carente?
Me ocupo com mil coisas,
E continuo sendo carente,
Às vezes sonho com você,
Essa noite sonhei com aquele loiro engraçado,
Que me deixa sempre sorrindo,
Por ser tão bobo,
Os bobos sempre arrancam as mais sinceras risadas,
Meus sonhos selvagens parecem acariciar,
Por que eu pisco tanto?,
Passar tanto tempo sem nada não é normal,
Apesar de que na minha condição é natural.
Minha tatuagem está escrito “medo com desejo”,
É ótimo não estar vulnerável novamente,
Acho que se pudesse escolher,
Transmutaria toda minha libido,
Acredito que um dia ainda vá,
Mas não tão perto dos vinte e cinco,
Os hormônios ainda estão altos,
Então aceito minha carência também,
Não é algo a ser crucificado,
Minha mãe costuma dizer que faz parte da idade,
É, faz sentido,
O pior é não ter uma consolação,
Continuo esperando por dias que demorarão.